culturas negras no mundo atlântico



sound system em salvador; luta de arena em dakar; performances no harlem, ny; carnaval em londres; cafés literários na martinica; emancipation celebration em trinidad; salões de beleza afro em paris; artes visuais em luanda; festival de vodum em uidá. a terceira diáspora é o deslocamento virtual de signos - discos, filmes, cabelos, slogans, gestos, modas, bandeiras, ritmos, ícones - provocado pelo circuito de comunicação da diáspora negra. potencializado pela globalização eletrônica e pela web, coloca em conexão digital os repertórios culturais de cidades atlânticas. uma primeira diáspora acontece com os deslocamentos do tráfico de africanos; uma segunda diáspora se dá pela via dos deslocamentos voluntários, com a migração e o vai-e-vem em massa de povos negros. diásporas_estéticas em movimento.
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quem sou eu

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antropóloga, viajante e fotógrafa amadora, registro cenas do cotidiano em cidades negras das américas do norte e do sul, caribe, europa, áfrica e brasil, sobre as quais pesquiso, escrevo e realizo mostras audiovisuais. meu porto principal é salvador da bahia onde moro. Goli edits the blog www.terceiradiaspora.blogspot.com from Bahia Salvador, is a traveller and amateur photographer who recorded scenes of daily life in the atlantic cities about which she writes and directs audiovisual shows. She has a post-doctorate in urban anthropology and is the author of the book "The Plot of the Drums - african-pop music from Salvador" and "Third Diaspora - black cultures in the atlantic world".

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

patchwork beninense


abomey, benin, 2008

a tecelagem é uma atividade de grande importância no benin (antigo reino do daomé). as matrizes podem ser propriedade da realeza e a reprodução de seus patchworks fica a cargo de tecelãs das famílias de reis. atualmente é produzida também para consumo turístico.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

poesia moçambicana



“Eu devia ter nascido no Brasil. Porque o Brasil teve uma influência tão grande que, em menino eu cheguei a jogar futebol com o Fausto, o Leônidas da Silva, o Pelé. Mas nós éramos obrigados a passar pelos autores clássicos de Portugal. Numa dada altura, porém, nós nos libertamos com a ajuda dos brasileiros. E toda a nossa literatura passou a ser um reflexo da Literatura Brasileira. Quando chegou o Jorge Amado, então, nós tínhamos chegado à nossa própria casa" (José Craveirinha, poeta moçambicano. Fonte: O Estado de São Paulo, 5 abril, 2008).

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

o que é ser um cineasta africano?


"durante séculos nos foi negada a condição humana. e é para contar ao mundo que nós somos humanos que nós fazemos filmes. é por isso que as imagens são tão importantes para nós".
med hondo, "cineasta africano", nascido na mauritânia.
comunicação oral, salvador , 4 de novembro de 2009

terça-feira, 3 de novembro de 2009

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Neguinho do Samba, rei do samba-reggae!

banda didá no cortejo fúnebre

tambores de luto

A imagem de Neguinho do Samba regendo a bateria do Olodum no Pelourinho para a performance de Michael Jackson, em They don´t care about us, foi uma das cenas mais acessadas do planeta no ano de 2009. Triste coincidência; estrondosa revelação da importância do mestre baiano para a música mundial.

Neguinho do Samba assinou o arranjo que fez dançar o corpo mágico do rei do pop, morto em junho. Mas esta não foi sua maior façanha. Desde os anos 1980, a música da Bahia está ligada ao seu nome, ao seu ouvido, aos seus gestos.

O maestro é a imagem grandiloqüente de um momento maior da história da música baiana-brasileira: a invenção do samba-reggae - um estilo percussivo que se caracteriza pela recriação de sonoridades afro-americanas e se tornou a marca dos blocos afro.

Neguinho do Samba é a espinha dorsal desta forma de produzir som que renovou a musicalidade baiana. Isso incluiu tanto a modificação de instrumentos percussivos quanto a forma de tocá-los. Certamente nem é possível mensurar todos os feitos do Mestre, mas a presença das mulheres no mundo da percussão é uma das suas conquistas mais vigorosas.

Quem desce e sobe a Rua João de Deus no Pelourinho, já está acostumado a ouvir o samba-reggae que soa no sobrado 19. A velha casa abriga a sede da Escola de Música Didá,– que, pedindo licença à tradição, constituiu e consolidou um espaço feminino no mundo da percussão.

Feito por mulheres ou por homens, o samba-reggae enviou sinais para os quatro cantos do mundo. Estamos de luto e o “atlântico negro” ergue-se menos musical no porto de Salvador da Bahia.


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

atlântico negro

Spike Lee - Agora, eu queria perguntar uma coisa. É verdade que o Brasil está começando uma ação afirmativa?
Marilene Felinto - Acho que estão tentando algo nesse sentido. Espero que façam à brasileira, sem imitar a americana.

Lee - Qual a seria a diferença?
Felinto - Nossa realidade étnica é diferente. No Brasil nunca tivemos segregação.

Lee - Mas qual é a diferença? Não há. O racismo é o mesmo.
Felinto - Não é o mesmo. Segregação gera ódio. Aqui vocês têm ódio uns dos outros, da cor da pele.

Lee - E não é por ódio que somente 2% dos negros frequentam a universidade no Brasil?
Felinto - Isso é diferença de classe social, herança da escravidão, ignorância. É tudo menos ódio.

Lee - E escravidão não é ódio? É ignorância?
Felinto - Ódio é eu acenar para um táxi em Nova York e o motorista não parar porque acha que sou negra. Isso não aconteceria comigo no Brasil.

Lee - Você está transformando a discussão em questão semântica.
Felinto - Você é que está. Eu apenas não concordo com seu ponto de vista. Além do mais, eu frequentei a universidade.

Lee - Pois eu quero te dizer que você teve foi muita sorte.

(Jornalista Marilene Felinto entrevista Spike Lee em Nova York ou o contrário In. Folha Mundo, SP, 18/10/2001)

sábado, 24 de outubro de 2009

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