culturas negras no mundo atlântico



sound system em salvador; luta de arena em dakar; performances no harlem, ny; carnaval em londres; cafés literários na martinica; emancipation celebration em trinidad; salões de beleza afro em paris; artes visuais em luanda; festival de vodum em uidá. a terceira diáspora é o deslocamento virtual de signos - discos, filmes, cabelos, slogans, gestos, modas, bandeiras, ritmos, ícones - provocado pelo circuito de comunicação da diáspora negra. potencializado pela globalização eletrônica e pela web, coloca em conexão digital os repertórios culturais de cidades atlânticas. uma primeira diáspora acontece com os deslocamentos do tráfico de africanos; uma segunda diáspora se dá pela via dos deslocamentos voluntários, com a migração e o vai-e-vem em massa de povos negros. diásporas_estéticas em movimento.
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antropóloga, viajante e fotógrafa amadora, registro cenas do cotidiano em cidades negras das américas do norte e do sul, caribe, europa, áfrica e brasil, sobre as quais pesquiso, escrevo e realizo mostras audiovisuais. meu porto principal é salvador da bahia onde moro. Goli edits the blog www.terceiradiaspora.blogspot.com from Bahia Salvador, is a traveller and amateur photographer who recorded scenes of daily life in the atlantic cities about which she writes and directs audiovisual shows. She has a post-doctorate in urban anthropology and is the author of the book "The Plot of the Drums - african-pop music from Salvador" and "Third Diaspora - black cultures in the atlantic world".

quarta-feira, 24 de março de 2010

dubstep

kode9

“O DJ inglês Kode9 lançou um álbum que serve de boa trilha sonora para o tempo presente. Batizado de “Memories of the Future”[2006], ele retrata o estágio atual do dubstep, estilo de música eletrônica surgido nas periferias de Londres há alguns anos. Com batidas muito lentas e graves marcantes, o dubstep vem crescendo globalmente sem alarde. E com ele, a perplexidade sobre como se dança o novo estilo, já que à primeira audição isso parece impossível. Curiosamente, o dubstep não desafia apenas as formas urbanas de dançar. Disseminado primordialmente através de rádios piratas e da circulação dos chamados mixtapes (cd´s caseiros distribuídos pelos próprios dj´s), o estilo faz repensar a idéia de “periferia”, já que nesse caso estamos falando da periferia de Londres. A palavra-chave para isso é a tecnologia digital” (Ronaldo Lemos. Centros, Periferias e a Propriedade Intelectual(RJ)· 31/5/2008. www.overmundo.com.br/Texto publicado originalmente no catálogo do evento Memória do Futuro, do Instituto Itaú Cultural).

quarta-feira, 3 de março de 2010

pai burukô


pai burukô no pelourinho, carnaval 2010. foto: carlos alcântara/secult

“Aproximava-se o Carnaval de 1942, os garotos [Didi, Clodoaldo, Minininho, Hugo e Aurinho] muito alegres, animados e animando os outros que lhe rodeavam, conseguiram juntar 30 sócios, organizando a brincadeira (...) . Domingo, dia do Carnaval, quando acordaram foram ao riacho, junto à lagoa da Vovó [em São Gonçalo do Retiro], tomaram um rico banho e na volta fizeram uma fritadinha de carne de sertão com ovos e bastante cebolas e comeram acompanhada de um aperitivozinho pra alegrar a brincadeira. (...) Assim o Afoxé Pai Burukô passou a ser uma pândega, em que a maior parte de seus sócios, participantes da Religião Tradicional Africana Nagô, se organizou para se distrair e alegrar o povo de modo geral, sem nenhuma finalidade religiosa” (Mestre Didi. Autos coreográficos: Mestre Didi, 90 anos. Salvador, corrupio, 2007, p. 35-6).

“Afoxé [nagô; advinhação, profecia]: é um bloco carnavalesco, uma ‘brincadeira’ de forma, conteúdo e comportamento específicos, não só porque seus membros-foliões estão vinculados a um terreiro, unidos por uma religião, pelo uso de uma língua, dança, ritmo e códigos de origem nagô, senão por terem, fundamentalmente, consciência de grupo, comunidade de valores e hábitos que os distingue de qualquer outro tipo de bloco ou cordão. O que mais caracteriza o afoxé é a sua figura central, o babalawô, pai conhecedor dos mistérios, do futuro, dos destinos, iniciado dos mistérios do jogo oracular, acompanhado de seus ‘ajudantes’, em torno dos quais se desenvolve toda a atividade lúdica do grupo” (Juana Elbein dos Santos. Autos coreográficos: Mestre Didi, 90 anos. Salvador, corrupio, 2007, p. 42).

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