culturas negras no mundo atlântico



sound system em salvador; luta de arena em dakar; performances no harlem, ny; carnaval em londres; cafés literários na martinica; emancipation celebration em trinidad; salões de beleza afro em paris; artes visuais em luanda; festival de vodum em uidá. a terceira diáspora é o deslocamento virtual de signos - discos, filmes, cabelos, slogans, gestos, modas, bandeiras, ritmos, ícones - provocado pelo circuito de comunicação da diáspora negra. potencializado pela globalização eletrônica e pela web, coloca em conexão digital os repertórios culturais de cidades atlânticas. uma primeira diáspora acontece com os deslocamentos do tráfico de africanos; uma segunda diáspora se dá pela via dos deslocamentos voluntários, com a migração e o vai-e-vem em massa de povos negros. diásporas_estéticas em movimento.
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antropóloga, viajante e fotógrafa amadora, registro cenas do cotidiano em cidades negras das américas do norte e do sul, caribe, europa, áfrica e brasil, sobre as quais pesquiso, escrevo e realizo mostras audiovisuais. meu porto principal é salvador da bahia onde moro. Goli edits the blog www.terceiradiaspora.blogspot.com from Bahia Salvador, is a traveller and amateur photographer who recorded scenes of daily life in the atlantic cities about which she writes and directs audiovisual shows. She has a post-doctorate in urban anthropology and is the author of the book "The Plot of the Drums - african-pop music from Salvador" and "Third Diaspora - black cultures in the atlantic world".

segunda-feira, 11 de abril de 2011

literatura crioula


fort de france, martinica

Fort-de-France, capital da Martinica é conhecida pela sua criação literária. Terra de Franz Fanon, eternizada pela obra de Aimé Cesaire, criador do termo negritude e atualizada no movimento de crioulidade. Entre os escritores martiniquenhos destaca-se Patrick Chamoiseau autor de Texaco. O livro conta a história de uma líder comunitária desse bairro periférico de Fort-de-France. “Essa neta de escravos vive ali desde os anos 1950, quando o mangue era da multinacional do petróleo. E agora chega um urbanista da prefeitura, de nome Cristo, com o projeto de demolir a favela. Marie Sophie se revolta. Com o verbo saboroso e muita verve, expressando-se numa ‘língua- fronteira’ - como definiu Milan Kundera a respeito do autor -, entre o francês colonizador e o crioulo dos ex-escravos e miseráveis ela vai tentar convencer o urbanista a mudar de idéia”[Cia das Letras].

“Há um debate terrível. O discurso dominante nas Antilhas sob dominação francesa é o discurso da negritude. Aimé Césaire é uma influência total. A negritude se tornou um discurso humanista. A ‘crioulidade’ é acusada de ser uma tentativa literária que nos levaria a algo muito localizado, fechado, quando na verdade é o contrário. Os que defendem a negritude se refugiam num discurso universalista e sob esse pretexto se escondem atrás de uma transparência absoluta. Não são nem negros, nem antilhanos. Escrevem num francês impecável que não representa em nada nossa realidade cultural” [Patrick Chamoiseau].

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