culturas negras no mundo atlântico



sound system em salvador; luta de arena em dakar; performances no harlem, ny; carnaval em londres; cafés literários na martinica; emancipation celebration em trinidad; salões de beleza afro em paris; artes visuais em luanda; festival de vodum em uidá. a terceira diáspora é o deslocamento virtual de signos - discos, filmes, cabelos, slogans, gestos, modas, bandeiras, ritmos, ícones - provocado pelo circuito de comunicação da diáspora negra. potencializado pela globalização eletrônica e pela web, coloca em conexão digital os repertórios culturais de cidades atlânticas. uma primeira diáspora acontece com os deslocamentos do tráfico de africanos; uma segunda diáspora se dá pela via dos deslocamentos voluntários, com a migração e o vai-e-vem em massa de povos negros. diásporas_estéticas em movimento.
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antropóloga, viajante e fotógrafa amadora, registro cenas do cotidiano em cidades negras das américas do norte e do sul, caribe, europa, áfrica e brasil, sobre as quais pesquiso, escrevo e realizo mostras audiovisuais. meu porto principal é salvador da bahia onde moro. Goli edits the blog www.terceiradiaspora.blogspot.com from Bahia Salvador, is a traveller and amateur photographer who recorded scenes of daily life in the atlantic cities about which she writes and directs audiovisual shows. She has a post-doctorate in urban anthropology and is the author of the book "The Plot of the Drums - african-pop music from Salvador" and "Third Diaspora - black cultures in the atlantic world".

domingo, 23 de janeiro de 2011

lindão


dão, 2009. foto: fernando naiberg

“A minha música é, na realidade, uma fusão de estilos e ritmos da black music. Quando comecei a montar esse trabalho, pensei apenas em cantar soul, mas lembrando da minha infância, da composição rítmica dos grupos de samba-duro (sambas juninos), dos blocos afro que sempre fizeram minha cabeça e da meninada daqui da cidade. Eu toco desde guri, meus parentes entre irmãos e primos são quase todos da música. Agora a ideia é justamente a de buscar, montar saídas para as novas produções, outras quebradas para se manter no palco, para desenvolver novos trabalhos, novas coisas para se movimentar na vida, se quiser mudar algo nela”[Dão].

Dão. “Nasci numa rua chamada Freitas Henrique de Cima, ela fica entre a Baixa de Quintas e o bairro da Caixa D'agua. Lá foi onde tive acesso aos grupos de samba duro (sambas juninos). Na minha rua tinha vários grupos: Pop Samba, Cassetete, Partido do F..., Obanilê, ‘Obanilê, aê aê, no primeiro ano, na avenida, podes crer...’, ‘quem manda chuva é Nanã’. Ali existia um encontro de samba ou no Pau Miúdo ou na Arraiá do Corta Braço, hoje Pero Vaz. Os compositores defendiam seus bairros com a música tema. Se ganhassem saiam cantarolando e, ao mesmo tempo, temendo uma confusão na rua por conta da insatisfação dos outros grupos. Minha rua sempre teve bons músicos, mas no Pero Vaz e Pau Miúdo tinha muitos caras bons!. Quando eu era guri vi Beto Jamaica, Dinho Barrabas, Vigia, Minininho, entre outros. Todo mundo cantando samba duro na rua” [Dão].

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