culturas negras no mundo atlântico



sound system em salvador; luta de arena em dakar; performances no harlem, ny; carnaval em londres; cafés literários na martinica; emancipation celebration em trinidad; salões de beleza afro em paris; artes visuais em luanda; festival de vodum em uidá. a terceira diáspora é o deslocamento virtual de signos - discos, filmes, cabelos, slogans, gestos, modas, bandeiras, ritmos, ícones - provocado pelo circuito de comunicação da diáspora negra. potencializado pela globalização eletrônica e pela web, coloca em conexão digital os repertórios culturais de cidades atlânticas. uma primeira diáspora acontece com os deslocamentos do tráfico de africanos; uma segunda diáspora se dá pela via dos deslocamentos voluntários, com a migração e o vai-e-vem em massa de povos negros. diásporas_estéticas em movimento.
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antropóloga, viajante e fotógrafa amadora, registro cenas do cotidiano em cidades negras das américas do norte e do sul, caribe, europa, áfrica e brasil, sobre as quais pesquiso, escrevo e realizo mostras audiovisuais. meu porto principal é salvador da bahia onde moro. Goli edits the blog www.terceiradiaspora.blogspot.com from Bahia Salvador, is a traveller and amateur photographer who recorded scenes of daily life in the atlantic cities about which she writes and directs audiovisual shows. She has a post-doctorate in urban anthropology and is the author of the book "The Plot of the Drums - african-pop music from Salvador" and "Third Diaspora - black cultures in the atlantic world".

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

na barra



bairro da barra , década de 1940
fotógrafos anônimos

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

na mítica etiópia

corte do imperador séllassié. foto de haygaz boyadjian.
antologia da fotografia africana

texto > paulo rogério


"Eram aproximadamente sete horas da manhã, do horário ocidental, quando o vôo ET501 sobrevoava as colinas verdes dos arredores de Adis Abeba, na região central e montanhosa da Etiópia. O país, situado na região mais oriental do continente africano, é o segundo mais populoso e o mais diferente entre todos.
Foram treze horas na aeronave da Ethiopian Airlines, mas parecia ter sido menos. O atendimento a bordo faz jus à fama de que a empresa área é a melhor do continente e uma das melhores do mundo. Os 11 mil km de distância de Washington D.C para a capital etíope ficam suaves quando se tem um bom atendimento, com tripulantes vestidos de roupas tradicionais, e um som de bordo com o melhor do Ethio-Jazz, a versão etíope da música criada pelos afroamericanos.
A Etiópia é pioneira e excêntrica em muitas coisas, a começar pelo calendário e horário. Enquanto no resto do mundo o ano é 2012, na Etiópia tenho que modificar o calendário do meu celular para 2007. O país, até onde se sabe, é o único no planeta que não usa o sistema ocidental de contagem dos anos. Lá também a primeira hora do dia não é 1h da manhã, mas somente quando o sol aparece, dando mais um tom diferenciado à nação que ainda é uma grande incógnita para a maioria dos brasileiros, que só ouvem falar do continente africano quando acontece alguma tragédia ou golpe militar.
Já no aeroporto em Washington D.C., não consigo disfarçar meu deslumbramento em ver tantas cores, olhares e sons diferentes do que conhecemos no Brasil. São os etíopes voltando para sua terra para turismo, negócios ou simplesmente visitar um parente. Eu deveria estar acostumado com a mágica cultura dos etíopes. Morar um ano em Washington D.C. é mergulhar na cultura etíope mesmo sem querer.
A capital estadunidense é o local onde se concentram mais etíopes fora da Etiópia. Dados extraoficiais chegam a dizer que os etíopes e seus descendentes são mais de 100 mil pessoas nos arredores da capital, o que envolve partes do estado de Maryland e Virgínia. No centro da cidade há até uma rua denominada Little Ethiopia (Pequena Etiópia) que reúne vários restaurantes, cafés, clubes e mercados com produtos etíopes. Ao andar na rua, você se transporta para Adis Abeba, pois todas as fachadas estão escritas em Amaraico (não confundir com Aramaico), que é o idioma majoritário no país. Eles dominam também o sistema de táxi da cidade. Se você pegar um táxi e não for conduzido por um etíope, você não foi a Washington D.C. É como ir a Londres e não ver um indiano!!"

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