culturas negras no mundo atlântico



sound system em salvador; luta de arena em dakar; performances no harlem, ny; carnaval em londres; cafés literários na martinica; emancipation celebration em trinidad; salões de beleza afro em paris; artes visuais em luanda; festival de vodum em uidá. a terceira diáspora é o deslocamento virtual de signos - discos, filmes, cabelos, slogans, gestos, modas, bandeiras, ritmos, ícones - provocado pelo circuito de comunicação da diáspora negra. potencializado pela globalização eletrônica e pela web, coloca em conexão digital os repertórios culturais de cidades atlânticas. uma primeira diáspora acontece com os deslocamentos do tráfico de africanos; uma segunda diáspora se dá pela via dos deslocamentos voluntários, com a migração e o vai-e-vem em massa de povos negros. diásporas_estéticas em movimento.
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antropóloga, viajante e fotógrafa amadora, registro cenas do cotidiano em cidades negras das américas do norte e do sul, caribe, europa, áfrica e brasil, sobre as quais pesquiso, escrevo e realizo mostras audiovisuais. meu porto principal é salvador da bahia onde moro. Goli edits the blog www.terceiradiaspora.blogspot.com from Bahia Salvador, is a traveller and amateur photographer who recorded scenes of daily life in the atlantic cities about which she writes and directs audiovisual shows. She has a post-doctorate in urban anthropology and is the author of the book "The Plot of the Drums - african-pop music from Salvador" and "Third Diaspora - black cultures in the atlantic world".

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

no caminho


contracapa do disco mundança de larissa luz


Raramente dá vontade de falar sobre música. Escrever sobre é quase exagero. Mundança, o disco de Larissa vale. 
Larissa Luz é o nome da moça. Ela é baiana, um clássico. Não ela; ser baiana. Ela é muito bonita, outro clássico. Sabe o que canta, ela compõe. Os arranjos já não sei. Iguais a eles mesmos. Som amplo, dançante paca, clássico.  
É um disco atlântico. É bom celebrar quando uma moça preta apresenta seu trabalho. Ainda bem que a gente pode falar de uma moça educada em Salvador da Bahia, no melhor estilo black music.
Percorrendo o envelope do disco, com cara de LP compacto, noto compositores, músicos, técnicos. Só há homens. Mulher basta ela, só ela. Fala de amor, de amor e onda. Swing manso. Nada machuca nem cansa. Será que vai groovar?

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