culturas negras no mundo atlântico



sound system em salvador; luta de arena em dakar; performances no harlem, ny; carnaval em londres; cafés literários na martinica; emancipation celebration em trinidad; salões de beleza afro em paris; artes visuais em luanda; festival de vodum em uidá. a terceira diáspora é o deslocamento virtual de signos - discos, filmes, cabelos, slogans, gestos, modas, bandeiras, ritmos, ícones - provocado pelo circuito de comunicação da diáspora negra. potencializado pela globalização eletrônica e pela web, coloca em conexão digital os repertórios culturais de cidades atlânticas. uma primeira diáspora acontece com os deslocamentos do tráfico de africanos; uma segunda diáspora se dá pela via dos deslocamentos voluntários, com a migração e o vai-e-vem em massa de povos negros. diásporas_estéticas em movimento.
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antropóloga, viajante e fotógrafa amadora, registro cenas do cotidiano em cidades negras das américas do norte e do sul, caribe, europa, áfrica e brasil, sobre as quais pesquiso, escrevo e realizo mostras audiovisuais. meu porto principal é salvador da bahia onde moro. Goli edits the blog www.terceiradiaspora.blogspot.com from Bahia Salvador, is a traveller and amateur photographer who recorded scenes of daily life in the atlantic cities about which she writes and directs audiovisual shows. She has a post-doctorate in urban anthropology and is the author of the book "The Plot of the Drums - african-pop music from Salvador" and "Third Diaspora - black cultures in the atlantic world".

quinta-feira, 16 de junho de 2011

estudando diop



Cotidiano da Ucad, Dakar, 2009

A Universidade Cheik Anta Diop - UCAD, em Dakar, considerada uma das mais importantes da África ocidental, foi o quegê do intelectual que lhe deu o nome. O pesquisador autor de uma obra-marco da historiografia africana [The african origin of civilization: mith or reality?] referiu-se assim às teses dos historiadores europeus: “Seria mais seguro e mais sábio destituir o Egito, simples e muito discretamente de todas as suas criações, em favor de uma nação realmente branca (a Grécia). Atribuir falsamente à Grécia os valores de um Egito supostamente branco revela uma profunda contradição, que não é menos importante prova da origem negra do Egito”(Diop apud Nascimento. “Introdução às antigas civilizações africanas. A matriz africana no mundo. São Paulo: Selo Negro, 2008, p. 66/7).



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