Marilene Felinto - Acho que estão tentando algo nesse sentido. Espero que façam à brasileira, sem imitar a americana.
Lee - Qual a seria a diferença?
Felinto - Nossa realidade étnica é diferente. No Brasil nunca tivemos segregação.
Felinto - Nossa realidade étnica é diferente. No Brasil nunca tivemos segregação.
Lee - Mas qual é a diferença? Não há. O racismo é o mesmo.
Felinto - Não é o mesmo. Segregação gera ódio. Aqui vocês têm ódio uns dos outros, da cor da pele.
Felinto - Não é o mesmo. Segregação gera ódio. Aqui vocês têm ódio uns dos outros, da cor da pele.
Lee - E não é por ódio que somente 2% dos negros frequentam a universidade no Brasil?
Felinto - Isso é diferença de classe social, herança da escravidão, ignorância. É tudo menos ódio.
Felinto - Isso é diferença de classe social, herança da escravidão, ignorância. É tudo menos ódio.
Lee - E escravidão não é ódio? É ignorância?
Felinto - Ódio é eu acenar para um táxi em Nova York e o motorista não parar porque acha que sou negra. Isso não aconteceria comigo no Brasil.
Felinto - Ódio é eu acenar para um táxi em Nova York e o motorista não parar porque acha que sou negra. Isso não aconteceria comigo no Brasil.
Lee - Você está transformando a discussão em questão semântica.
Felinto - Você é que está. Eu apenas não concordo com seu ponto de vista. Além do mais, eu frequentei a universidade.
Felinto - Você é que está. Eu apenas não concordo com seu ponto de vista. Além do mais, eu frequentei a universidade.
Lee - Pois eu quero te dizer que você teve foi muita sorte.
(Jornalista Marilene Felinto entrevista Spike Lee em Nova York ou o contrário In. Folha Mundo, SP, 18/10/2001)
Penso que o Spike tem razão somos muito semânticos nossa língua na gramatica explica.
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