culturas negras no mundo atlântico



sound system em salvador; luta de arena em dakar; performances no harlem, ny; carnaval em londres; cafés literários na martinica; emancipation celebration em trinidad; salões de beleza afro em paris; artes visuais em luanda; festival de vodum em uidá. a terceira diáspora é o deslocamento virtual de signos - discos, filmes, cabelos, slogans, gestos, modas, bandeiras, ritmos, ícones - provocado pelo circuito de comunicação da diáspora negra. potencializado pela globalização eletrônica e pela web, coloca em conexão digital os repertórios culturais de cidades atlânticas. uma primeira diáspora acontece com os deslocamentos do tráfico de africanos; uma segunda diáspora se dá pela via dos deslocamentos voluntários, com a migração e o vai-e-vem em massa de povos negros. diásporas_estéticas em movimento.
livros completos para download

livro 1


livro 2

quem sou eu

Minha foto
antropóloga, viajante e fotógrafa amadora, registro cenas do cotidiano em cidades negras das américas do norte e do sul, caribe, europa, áfrica e brasil, sobre as quais pesquiso, escrevo e realizo mostras audiovisuais. meu porto principal é salvador da bahia onde moro. Goli edits the blog www.terceiradiaspora.blogspot.com from Bahia Salvador, is a traveller and amateur photographer who recorded scenes of daily life in the atlantic cities about which she writes and directs audiovisual shows. She has a post-doctorate in urban anthropology and is the author of the book "The Plot of the Drums - african-pop music from Salvador" and "Third Diaspora - black cultures in the atlantic world".
Mostrando postagens com marcador diáspora. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador diáspora. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 25 de março de 2020

tudo se desloca





Está a fim de se deslocar para diversos países da parte sul da África, ver cidades como Zanzibar e 
Johanesburgo e bairros como Soweto, de pertinho? Então veja a temporada lançada em 2020, da primeira série original africana da Netflix, Queen Sono - nome da protagonista, uma espiã sul-africana. A gata é a atriz Pearl Thusi, que esbanja charme e transita em contextos não muito usuais quando países africanos estão em foco. Elites econômicas, bastidores do poder político, alta tecnologia, cosmopolitismo. E sim, a trilha sonora é totalmente demais. 

Quer conhecer a história do kuduro escrita por quem criou a banda Buraka Som Sistema? Então leia Também os brancos sabem dançar (Editora todavia, 2017). O angolano Kalaf Epalanga é o músico perfeito para narrar a criação de um estilo nascido na periferia de Luanda e influenciou diversas cenas do mundo atlântico. Seu suingue de escritor vai te manter na conexão Luanda - Lisboa e, de quebra, te levar até Oslo. É inevitável que você vá querer ouvir todas as “pedradas” do kuduro, citadas neste romance - uma obra de auto ficção na qual viagens, memórias e afetos soam como música.

Para ouvir riqueza vocal e conceitual, digite Y´akoto. A cantora e compositora, nascida na Alemanha e criada em Gana, é uma das novas joias da música negra. Seus clipes filmados em Acra ou Kumasi são visualmente arrebatadores. Na canção Diamonds ela explora a estética dos estúdios de fotografia de Gana. Em sua bio, consta que a artista mora em Hamburgo, Paris e Lomé. Movimento entre culturas, cidades e estilos musicais marcam o trabalho de Y´akoto. “Você me mantém em movimento/ Dentro e fora de mim” (Baby blues, 2012).

Publicado In: Revista Muito. Suplemento do Jornal A Tarde. Salvador da Bahia, 22.03.20

domingo, 26 de maio de 2019

Pra que ir ao Continente?










A estética do Curuzu, área do bairro da Liberdade, berço do bloco afro Ilê Aiyê, tem incorporado cada vez mais elementos típicos das artes visuais do continente africano. Diversos estabelecimentos comerciais usam o tipo de pintura que pode ser visto em diversas cidades em toda África. Interessante perceber como essas pinturas podem servir de fundos decorativos para fotografias interativas. Na foto da Casa das Unhas, na Ladeira do Curuzu, Laís Machado, artista baiana, brinca de posar em "estúdio de rua". Fotografias de Ana Dumas.  Salvador, 19 de maio, 2019.
Post 1_ Série "Pra que ir ao Continente?", de Goli Guerreiro

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

estúdio áfrica | coleção salvador | álbum 1




Neste álbum: Mateus Jr; Edson Conceição; Ana Dumas

Inspirado na história e nas práticas da fotografia africana, o Estúdio África promoveu uma série de ações voltadas para uma experiência estética original em Salvador, simulando um estúdio ao ar livre. Na manhã do dia 08/10/17, domingo, dia de feira em Castelo Branco, os moradores e frequentadores do bairro foram convidados a se deixar fotografar, diante de fundos decorativos inspirados por iconografia africana e amparados na pesquisa em antropologia estética de Goli Guerreiro. Os três fundos decorativos criados para a experiência foram produzidos pelo artista visual Eder Muniz (aka Calangos).Os retratos da Coleção Salvador | Castelo Branco foram feitos pela experiente fotógrafa Arlete Soares, fundadora da Editora Corrupio, cujo catálogo é dedicado ao mundo negro. A ação contou com a performance da ideia jockey Ana Dumas que veiculou pílulas de conhecimento sobre a história cultural da África; convocou os transeuntes a posar diante dos fundos e a fazer parte da Coleção. As ações do Estúdio África culminaram em uma mostra, com curadoria de Goli Guerreiro, que apresentou uma projeção de fotografias africanas, dos retratos da Coleção Castelo Branco, e o minidocumentário de Diogo Nonato, que registrou o processo da criação dos fundos decorativos e o registro de fotos. Confira o doc: https://www.youtube.com/watch?v=vSLjYh7zRZI&feature=share


quarta-feira, 27 de abril de 2016

modelos portugueses

 armando cabral, português com ascendência na Guiné Bissau, morador de NY

fernando cabral, português com ascendência na Guiné Bissau, morador de NY

sábado, 13 de fevereiro de 2016

alzira está morta, alzira está viva!

Capa do romance vencedor do selo literário João Ubaldo Ribeiro criado pela Fundação Gregório de Mattos

É uma ficção histórica em forma de biografia de uma personagem inventada — a soteropolitana Alzira Rocha (1911– 1988). Alzira é uma personagem cosmopolita. Seu cotidiano está pautado em matrizes urbanas do continente africano, e seus desdobramentos na diáspora negra. As cidades em que mora e visita têm alto nível de urbanidade. Sua biografia desenrola-se no Brasil (em Salvador), na Nigéria, na Inglaterra e nos EUA. O universo caribenho perpassa todos esses ambientes. A narrativa coloca a África na centralidade do mundo negro do Atlântico. 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

notícias de oyó

paula gomes, embaixadora cultural do palácio de oyó, nigéria

Goli_ O mundo iorubano como é que está na Nigéria?

Paula_O islão dominou mesmo e o cristianismo também. Mas há de frisar que as coisas estão a mudar, porque o povo sofreu lá também, foram forçados pois se não mudassem podiam inclusive ser mortos ou discriminados. Ou mudavam ou não iam para a escola, então muitos pais para que os filhos não sofressem e para que não fossem discriminados preferiram entrega-los ao islã ou ao cristianismo. Depois, os muçulmanos e os cristãos estão a fazer negócio e se aproveitam da parte tradicional para lucrar, para fazer dinheiro com isso e implementaram na mente das pessoas que o tradicional não presta. Mas as coisas estão a mudar.

Goli_Que motivos levam a essa mudança?

Paula_ Acho que a nova geração começa a querer ser livre, a liberdade do ser , do pensar e a resistência do povo iorubá e da própria cultura, o povo da axé resistiu; o mundo de fora, a diáspora está a dar valor ao que é tradicional deles, a dar valor aquilo que nós já não cremos, então eles estão a despertar. A nova geração está dando atenção à nossa cultura. 

Goli_ Em Oyó as pessoas sabem que Salvador da Bahia existe? Que existe candomblé?

Paula_Há um ponto muito importante é que a Nigéria tem problemas de eletricidade. O que isto significa? Que muita gente não tem televisão, não ter televisão é não estar ocorrente de notícias ok?. Mas o povo mais jovem sabe que no exterior, nas Américas,  existe a cultura iorubá e a internet foi ligar muito o povo - não os mais velhos, mas o povo mais jovem ao mundo exterior. Então isso está a abrir, a consciencializar e de certo modo está a ajudar a desenvolver essa consciência na nova geração.



nota_ entrevista realizada com a portuguesa paula gomes, radicada na nigéria, no terreiro oxumaré em salvador da bahia, 18 de janeiro 2014


Marcadores

fontes

  • múltiplas

Arquivo do blog