O ativista americano Malcolm X (19 de maio de 1925-21 de fevereiro de 1965)
“No Harlem especialmente e também em algumas outras cidades dos Estados Unidos, as explosões previstas para o longo e quente verão de 1964 já haviam começado. Artigo após artigo na imprensa do homem branco apresentava-me como um símbolo - senão mesmo como um agente causador - da ‘revolta’ e da ‘violência’ do homem preto americano, onde quer que explodissem. Na maior entrevista coletiva que ja dei em qualquer lugar, os flashes espocavam, enquanto os repórteres me crivavam de perguntas.
(...)
Disse aos repórteres algo que eles não estavam esperando. Falei que o homem preto americano precisava deixar de pensar no que o homem branco lhe incutira: a ideia de que o homem preto não tinha outra alternativa senão suplicar por seus supostos "direitos civis". Declarei que o homem preto americano precisava reconhecer que tinha base para levar os Estados Unidos a julgamento perante a ONU, sob a acusação formal de ‘negação de direitos humanos’ e que se Angola e África do Sul eram precedentes, então a América não poderia escapar a uma censura expressa. Como eu já sabia que ia acontecer, a imprensa tratou de mudar de assunto. Interrogaram-me a respeito da minha ‘Carta de Meca’. Eu já tinha pensado no que iria dizer a respeito " [ trecho da biografia de malcolm x].
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