“Toda a noite, Climbié não desejou dormir. Queria avistar Dakar desde longe. (...) Eram cinco horas quando seu vizinho o acordou gritando: ‘Chegamos!’ Climbié (...). O navio estava atracado. Muitas luzes vinham de outras embarcações. O mar estava calmo, mais calmo que uma lagoa. — O que são esses fogos azuis e vermelho? —A entrada do porto. (...) — Mas deve ser uma grande cidade, com todas essas luzes...
— E Goré?
— Goré é aquilo que você vê ali.
— Como? É isso Goré? Diz Climbié indicando com o dedo (...). Então foi por este minúsculo ponto de terra que os estados europeus se bateram durante anos, em sua competição na África?” [Bernard Dadié. Un négre à Paris. Paris/ Dakar, Presence africaine, 1959, p. 7.].
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