“Antes de se transformar na grande chef que é hoje, de reconhecimento internacional, Dadá, Aladcy dos Santos, a Negona, foi menina esperta, risonha e pobre, na Praia do Conde. Em paga por espiar a televisão de gente abastada, ia mexer na panela. Era tão pequena que não alcançava o fogão, tinha que subir num banquinho. Em sua casinha de taipa, onde vivia com a mãe e o irmão, o passadio era fraco (...).
‘Minha mãe tinha medo deu ficar dentro de casa sozinha. À noite, em casa, ela fritava sardinha; de manhã, quando saía pro trabalho levando Renato, ela me botava pra vender as sardinhas na frente de um mercado enorme. Ela fez- ou mandou fazer – não me lembro bem – um tabuleirinho que ela forrava com papel de embrulho, onde botava as sardinhas e o vinagrete de tomate cortado miudinho. Naquele tempo eu não tinha experiência do que era vender. Então o que eu fazia? Eu dava tudo minha filha. Dava tudo’ (Tempero da Dadá, 1998, p. 8).
Mocinha, veio pra Salvador trabalhar em casa particular onde se comia do bom e do melhor. Foi aprendendo, foi transformando, foi adaptando, criando suas próprias receitas” (Paloma Jorge Amado. CNP:Rio de Janeiro, 2007, p.7).
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