culturas negras no mundo atlântico



sound system em salvador; luta de arena em dakar; performances no harlem, ny; carnaval em londres; cafés literários na martinica; emancipation celebration em trinidad; salões de beleza afro em paris; artes visuais em luanda; festival de vodum em uidá. a terceira diáspora é o deslocamento virtual de signos - discos, filmes, cabelos, slogans, gestos, modas, bandeiras, ritmos, ícones - provocado pelo circuito de comunicação da diáspora negra. potencializado pela globalização eletrônica e pela web, coloca em conexão digital os repertórios culturais de cidades atlânticas. uma primeira diáspora acontece com os deslocamentos do tráfico de africanos; uma segunda diáspora se dá pela via dos deslocamentos voluntários, com a migração e o vai-e-vem em massa de povos negros. diásporas_estéticas em movimento.
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antropóloga, viajante e fotógrafa amadora, registro cenas do cotidiano em cidades negras das américas do norte e do sul, caribe, europa, áfrica e brasil, sobre as quais pesquiso, escrevo e realizo mostras audiovisuais. meu porto principal é salvador da bahia onde moro. Goli edits the blog www.terceiradiaspora.blogspot.com from Bahia Salvador, is a traveller and amateur photographer who recorded scenes of daily life in the atlantic cities about which she writes and directs audiovisual shows. She has a post-doctorate in urban anthropology and is the author of the book "The Plot of the Drums - african-pop music from Salvador" and "Third Diaspora - black cultures in the atlantic world".

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ntozake Shange, amplamente americana


"Para Ntozake Shange, o Brasil não se resume nem a uma atração turística, nem a um ponto da diáspora africana. Mais que exotismo, beleza, história ou romance, o Brasil está no espírito da música que inspira seu trabalho, que toma posse do seu corpo e lhe dá movimento e ritmo. Na obra de Shange, cabeça e corpo se unem: a política e a dança são parte do mesmo todo, sem hierarquia ou discriminação. Ela própria insiste que "é preciso que se entenda que, quando faço teatro, o Haiti está em minha cabeça, mas é o Brasil que está nos meus quadris". Se o Haiti lhe dá inspiração e garra por seus grandes heróis e a memória da resistência revolucionária, o Brasil move seu corpo e seu espetáculo, emprestando força e beleza à luta na diáspora. De maneira geral, o interesse manifestado por pesquisadores e escritores negros dos Estados Unidos pelas coisas do Brasil faz parte da tentativa de reconstruir o passado e afirmar a identidade negra. Ao cruzar a fronteira e narrar sua viagem, Ntozake Shange resignifica sua história pessoal, racial, nacional, e nossa própria história, se traduz e nos traduz em seu teatro amplamente americano".
(Stelamaris Coser, Cruzando fronteiras: o Brasil nos versos de Ntozake Shange, 2004).


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